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A mostrar mensagens de 2012

[ Jornal + | 13/12/2012 ] Se "eu" não gostar de mim...

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Eu sei que a premissa deste jornal não é abordar questões negativas. Totalmente pelo contrário, como o seu próprio nome indica. Porém, desta vez não posso evitar tocar num assunto que me vem angustiando e revoltando já lá vão meses, senão mesmo uns poucos de anos. Sou um jovem ainda, imaturo no que diz respeito a tantas coisas, no entanto acredito que já tenha vivido e conquistado o suficiente para saber o verdadeiro valor e importância que tem o poder de acreditarmos em nós próprios. Hoje, há uma hora apenas, tinha ideia de escrever a crónica para esta edição sobre um assunto completamente diferente, mas um vídeo que encontrei onlinedespoletou em mim sentimentos adversos que me dominaram por completo e que acabaram por determinar a direção que este texto está a tomar. Nesse vídeo podem ver-se imagens de Cristiano Ronaldo a jogar, ilustrando alguns dos momentos altos das últimas exibições do jogador, dando destaque ao facto de apesar de muitas vezes ter meio-mundo contra si, o j

Desabafo de um ano de consciência pesada...

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Hoje faz um ano. Que perdi o chão por debaixo dos meus pés. Num telefonema doloroso. De voz trémula, foi a minha mãe quem me deu a notícia. Passei o dia a ponderar se deveria escrever sobre isto. Passei o ano, na verdade. Chegou talvez a hora de desabafar um pouco. Não sei, neste momento, quanto tenho a dizer ou quanto irei efectivamente escrever. Nem tão pouco sei se isto acabará publicado ou simplesmente esquecido num rascunho inacabado. No dia 12 de Dezembro de 2012 perdi o meu avô paterno. As pessoas morrem. Todos os dias. Tantas. É o ciclo natural da vida. E ele partiu com uma vida cheia de alegrias, conquistas e frutos. Ninguém poderá alguma vez desejar uma vida melhor do que a dele. E mais do que qualquer um, ele mesmo afirmava-o orgulhosamente. O meu avô Maximino foi o homem mais íntegro, mais respeitado, mais responsável, mais tudo... que eu conheci. Será sempre o melhor exemplo que terei para a minha vida. Cresci ao pé dele. Via-o todos os dias. Falav

[ Jornal + | 31/10/2012 ] Esquisito, não: seleto!

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Hoje é um dia especial para mim. Pela primeira vez nestes 23 anos de vida alguém disse que eu não era esquisito a comer. Devo dizer que foi com grande custo que finalmente consegui este feito memorável na minha vida. A minha mãe vai, com certeza, ler estas palavras com alguma hesitação e irá muito provavelmente até indagar acerca da legitimidade desta pessoa para afirmar tal coisa. Mas o que é certo é que consegui de facto mudar, e muito, a minha forma de comer, particularmente nestes últimos dois anos. Cresci sem dar grandes trabalhos à minha mãe. E quando era mesmo pequeno então é que, segundo ela, tinha uma "boquinha santa". Comia de tudo e tudo o que ela me dava. À medida que fui crescendo, fui também me tornando mais... seleto, como eu prefixo chamar-lhe. Usava sempre a mesma desculpa, digo, justificação quando era confrontado por alguém acerca das minhas limitações gustativas: "eu só não gosto de legumes cozidos". E por conseguinte, tudo o que os incluí

[POEMA] Sarjeta

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Hoje terminei um poema que comecei a escrever há uns dias. A inspiração surgiu da combinação perfeita de três elementos: uma foto com que me cruzei no Facebook (usada neste vídeo), o som da chuva que caía na rua e uma melodia viciante criada por um dos artistas do YouTube cujo trabalho vou seguindo, o SamYung. É um poema em memória de todos os cães, vadios ou não, que perderam a vida numa sarjeta qualquer... porque o cão é mesmo o melhor amigo do homem. E ali jazia já arrefecido, como se dormisse na mais profunda calma por baixo da chuva complacente, que lhe lavava o corpo sem alma. Levara-lha aquele que não parou, que não sentiu, que não pensou. Levara-lha sem remorso ou culpa de quem uma vida afinal roubou. Na escuridão gélida da noite, uma luz surgira vinda do nada, que tal como uma chicotada o atirou para fora daquela estrada. Os ossos que se lhe quebraram impediram-no de se mexer, ali caído numa sarjeta onde veio a acabar sem querer. A dor que se apoderou do seu c

[ Jornal + | 11/09/2012 ] A Música

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Desde pequeno que a música tem tido um papel bastante importante na minha vida. Comecei por volta dos meus 6 anos, quando fui um dos seleccionados para integrar o primeiro coro infantil de Vilela, a minha terra Natal. Desde aí, nunca mais parei de cantar - para mal dos pecados da minha mãe, que era obrigada a ouvir-me quando queria e quando não queria. Cresci a ver concursos na televisão como Operação Triunfo, Academia de Estrelas ou Ídolos e sonhava com o dia em que atingiria 18 anos para poder finalmente participar - em especial no primeiro, por ser como uma "escola". Mas a oportunidade nunca chegou... Ainda assim, o gosto pela música cresceu lado a lado com a paixão pelo palco e a representação e durante muito tempo tive a certeza que não havia algo que quisesse mais do que entrar numa escola de artes performativas. Porém nunca tive o total apoio dos meus pais, pela assustadora insegurança que uma carreira de actor/cantor acarreta, em especial num país como o no

[ Jornal + | 16/08/2012 ] À descoberta da História romana

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Hoje escrevo-vos de um quarto quente, numa pensão em Roma, onde nem a pobre ventoinha no tecto consegue vencer o calor. As temperaturas que se fazem sentir lá para cima, na terra dos vikings, já transformaram o meu corpo que agora tolera muito mais dificilmente este calor insuportável que nos faz suar litros de água. Tive desde adolescente o desejo de viajar até Itália, mas até emigrar para a Dinamarca, viajar era um luxo a que só tive acesso uma vez numa viagem de estudo a Londres. Hoje, aqui estou, pela segunda vez neste país, primeira na "bota". Alguns poderão dizer que esta não é a melhor altura do ano para vir a Roma, os mesmos que agora muito provavelmente estão numa zona costeira a apanhar banhos de sol, e andar por uma cidade tão rica e repleta de tesouros históricos e arquitectónicos debaixo de um sol abrasador pode ser realmente desgastaste, mas foi quando surgiu a oportunidade e não sou de as deixar passar. Estou fascinado com tudo o que vi até agora. Os

[ Jornal + | 25/07/2012 ] O Tempo

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Dizem os estrangeiros que por aqui passam que os dinamarqueses não falam de outra coisa senão do tempo. Embora só tenho ouvido tal observação já depois de cá viver, verdade é que depressa a confirmei. É frequente cruzar-me com colegas e conhecidos e inevitavelmente comentar a descida abrupta de temperatura que se fez sentir a meio da semana, ou o sol radiante que tornou a última tarde de sábado num excelente dia de praia, ainda que domingo tenha sido de trovoada e chuva a cântaros. Pois é, fala-se do tempo por estes lados como se de uma série policial cheia de mistério e reviravoltas no guião se tratasse, tal é o interesse que o assunto parece despertar de uma forma geral nas pessoas. E até podiam vocês dizer-me que nós portugueses também falamos bastante sobre a meteorologia do nosso próprio país "à beira mar plantado". Ou até mesmo que na verdade é um hábito comum e global - afinal todos, em qualquer parte do globo, estamos sujeitos ao estado de humor de São Pedro (o

[ Jornal + | 9/06/2012 ] Ai as Francesinhas...

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Nestas últimas semanas tenho me deparado com uma quantidade algo perturbadora de imagens de francesinhas no Facebook. Não sei se é por estarmos agora a entrar no Verão e, talvez por isso, as pessoas se sintam mais tentadas a este prato típico do Porto que cai sempre melhor acompanhado de uma cerveja bem gelada. Talvez tenha sido isso mesmo que deu origem a um autêntico assalto ao meu mural por parte de uma série de imagens de fazer crescer água na boca. Provavelmente estou apenas a receber o troco pelas frequentes fotos que publico no meu próprio mural das minhas iguarias e refeições mais apetitosas. Bem que dizem que o universo apenas nos devolve aquilo que lhe damos... A propósito de comida, uma das principais diferenças com que me deparei assim que emigrei foi justamente a gastronomia. Inúmeras conservas, molhos de todas as cores e consistências, uma variedade imensa de combinações de coberturas para "sandes" de uma única fatia de pão: o tradicionalsmørrebrød – que

[Jornal + | 15/05/2012] "Torre de Babel"

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Há uma pergunta à qual tenho de responder vezes sem conta sempre que estou em Portugal: “então, já falas Dinamarquês?” Compreendo que faça sentido na cabeça das pessoas que após tanto tempo eu já seja capaz de falar esta língua nórdica caracterizada por sons que evocam imagens de vómito na minha cabeça. Mas a resposta tem sido repetidamente: não! Tudo bem que já cá estou há 19 meses, no único país do mundo em que se fala dinamarquês, mas a verdade é que há uma boa justificação para o facto de não ser ainda um poeta nórdico. A LEGO, enquanto empresa, é um espaço completamente internacional. Tenho colegas vindos um pouco de todo o mundo: Guatemala, EUA, Canadá, África do Sul, Roménia, Alemanha, França, Espanha, Austrália (isto apenas para enumerar alguns!) o que faz com que a língua oficial seja o Inglês. 90% do meu dia-a-dia, portanto, é vivido num ambiente anglófono. Os restantes 10 dividem-se entre o Português do Facebook (que me vai mantendo em contacto com família e amigo

[Jornal + | 28/04/2012] Regresso a "casa"

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Neste ano e meio que já passou desde que me mudei para a Dinamarca, tenho visitado Portugal com alguma regularidade. Sensivelmente de três em três meses volto à terra, visito a família, revejo os amigos, sereno o coração, aqueço a alma e acalmo a saudade. Cresci numa família muito unida e muito presente na vida uns dos outros. A minha família paterna vive praticamente toda na porta ao lado e a materna, apesar de mais distanciada, ainda assim está a uns meros quilómetros que se fazem até a pé. Por isso, sempre tive contacto com todos eles. Via os meus tios, primos e avós, senão todos os dias, pelo menos uma vez por semana. E isso é seguramente uma das coisas de que mais sinto falta: estar perto. Perto dos que mais importam para mim. Sempre que volto a “casa” – e agora uso as aspas para me referir àquela em que cresci – tenho a sensação que deixei o meu quarto tal qual o encontro, apenas umas horas antes, naquela mesma manhã, como se nunca tivesse partido. É estranho. Mas é

[Jornal +] Quanto vale um sonho

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Nota introdutória: o Jornal + é um projecto de um conhecido meu dos tempos de escola e sobre o qual já escrevi noutra altura. Agora parece que comecei a escrever uma espécie de crónica para uma página do jornal intitulada "Correio Internacional". O Arménio Santos, editor do Jornal, apelidou-me simpaticamente de Cavaleiro da Dinamarca, nome esse também de uma obra infantil de Sophia de Mello Breyner Andresen. Segue-se então a transcrição do texto publicado na edição desta semana. A 3 de Outubro de 2010, com apenas 21 anos, estava eu a aterrar no aeroporto de Billund, o segundo maior da Dinamarca, prestes a começar a maior aventura da minha vida: ser adulto! É certo que, de acordo com a lei portuguesa, já o era desde 25 de Março de 2007, mas até então continuava a viver sob o tecto dos meus pais, tinha toda a minha família a viver literalmente à minha volta ou a pouquíssimos kilómetros de distância, permanecia livre de grandes responsabilidades, ocupava grande parte

Rachei a cabeça depois de "velho"...

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Tanto tempo se tem passado nestes últimos meses sem que nada de relevante aconteça ao ponto de eu querer (ou poder) partilhar aqui... Mas na última semana esta tendência foi completamente revertida. No entanto, só agora tive um tempinho para vir aqui escrever. Desta vez, e para me obrigar a passar menos tempo no computador durante estas ferias, deixei-o em casa e viajei apenas com o iPad. É dele mesmo que vos escrevo neste momento  (entretanto passei para o portátil da minha mãe, porque não estava a conseguir formatar o texto no iPad). Pois bem, començando então o relato dos acontecimentos pelo principio... Rachei a cabeça pela primeira vez depois de "velho"! Ora, é mesmo verdade! No dia 27 de Março, recebi a primeira fornada de móveis enviados pelo meu pai. Já estou a viver no meu apartamento sozinho há quase meio ano, mas vocês também devem conhecer o dito: "casa de ferreiro, espeto de pau"... E até para mim isso se verificou! Mas pronto, pelo men

[NEW LIFE] Day B175 - Tudo tem um propósito...

Hoje aconteceu algo tão aleatório e fantástico que se justifica completamente perder uns minutos para relatar como começou o meu dia - o segundo do meu 23º ano de vida. Um pequeno parêntesis antes de avançar com os relatos: se bem se lembram, no último post " [NEW LIFE] Day B023 - Tempos de mudança ", escrito há quase meio ano, mencionei que estava prestes a mudar-me para Vejle. Pois bem, cá estou eu a viver nesta bem mais movimentada cidade, sem saudade de Billund! :) E apenas amanhã receberei finalmente a primeira remessa de mobília enviada pelo meu pai de Portugal. Escreverei mais sobre isso depois, prometo! Assim, vivendo em Vejle, a minha rotina mudou completamente em relação ao que eram os meus dias em Billund. Normalmente levanto-me por volta das 7h10 e às 7h57 estou a apanhar o autocarro para o trabalho. Hoje, porém, acordei apenas às 7h46. E por mero acaso! Acho que o despertador nunca chegou a tocar esta manhã... e tenho a forte impressão de que me esqueci

[COVER] Fun - We Are Young

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Eu sei, eu sei... já lá vai um bom tempo sem que eu escreva nada de jeito por aqui... Mas é mesmo assim! Há alturas na vida em que ou há muito pouco para se dizer ou simplesmente muito pouco que se possa dizer... Um dia quem sabe surgem aqui todas as palavras caladas nestes últimos meses. No entretanto, ficam aqui outras, estas cantadas, nesta manhã de domingo... We Are Young, dos Fun, cantada por mim com arranjo a (quase) 4 vozes... :) Diverti-me imenso a fazer os arranjos para esta música e especialmente a preparar os vídeos... Espero que gostem! ;) Uma boa semana!

Há uma nova cara na família nam'it®!

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A Pequena Sereia juntou-se à família nam'it® e os leilões desta edição especial de apenas 10 unidades já começou! Vejam aqui . Mais informação em www.younamit.com ! Divulguem!

[Jornal+] O meu mundo colorido... a preto e branco!

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Na terceira edição do Jornal+ - um projecto recente e promissor "da minha terra" -, que saiu hoje, vem mais um artigo sobre mim. A entrevista foi feita por mail, com perguntas muito descontraídas e sobre um pouco de tudo o que tem sido a minha vida em termos de projectos profissionais e pessoais. Nas últimas semanas saíram outros dois artigos ( VISÃO e P3 ), e provavelmente já começam a ficar fartos de ler sempre as mesmas coisas... mas este é o último artigo (até à data! eheh) a sair nos próximos tempos. Além disso, este tem a particularidade de tocar em mais assuntos que os anteriores - ou em mais detalhe pelo menos nalguns deles. Aconselho a leitura! O mundo colorido de Marcos Bessa Arménio Santos | acsantos.press@gmail.com     A vida de Marcos Bessa é uma animação. Ele escreve, canta, lidera projectos solidários, faz teatro e, actualmente, trabalha na poderosa LEGO, com sede na Dinamarca. O jovem de 22 anos, natural de Vilela, Paredes, é um insatisfeito

[Entrevista] P3 - "O trabalho dele é brincar com LEGO"

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Hoje foi publicado na página P3 uma entrevista que me fizeram há poucos dias por email. Podem lê-la aqui . Não tem nada de novo, acho eu, mas se estiverem curiosos, dêem uma vista de olhos! :) Até logo.

A MATILHA anda à solta... atreve-te a ouvir!

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Já não me recordo do ano - talvez em 2005 ou 2006 - conheci os Tragic Comic, uma banda portuguesa de rock progressivo com um único álbum editado até à data: Welcome To My Show (poderiam aceder ao link para fazer download gratuito do álbum no myspace da banda, se o MegaUpload não tivesse sido fechado). Tive oportunidade de assistir a um concerto muito intimista com eles, ainda na altura em que a Diana Abreu partilhava o micro com o Né - actual único vocalista. Conheci-os a todos, os sete membros da uma banda original, apaixonada e esforçada. Infelizmente até hoje a banda não apresentou qualquer novidade, embora não faça ainda muito tempo que as minhas fontes me tenham informado que novidades estariam para breve... No entretanto, estes músicos não têm estado parados! Com vários projectos paralelos, vidas profissionais e pessoais à mistura, 4 dos membros originais dos Tragic formam uma outra banda de rock português, com um som muito próprio e que vale a pena experimentar: a M

Entrevista na VISÃO

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Na última edição da revista VISÃO foi publicada uma entrevista à qual tive oportunidade de responder quando estive em Portugal no Natal passado. O título desta edição é "Trabalhos Forçados" e não deixa de ser irónico, como já me foi apontado por uma série de conhecidos (e até alguns menos conhecidos), que a minha entrevista seja justamente sobre a experiência de ter um "trabalho de sonho". Tenho noção que sou um privilegiado em termos profissionais - embora não deixe de acreditar que trabalhei para chegar onde estou -, e ainda por cima tendo conhecimento do estado do nosso adorado país "à beira mar plantado", mas espero que este bocadinho da minha história possa inspirar alguém mais desanimado ou descontente com o rumo que a sua vida profissional possa estar a tomar. Afinal de contas eu também estava desanimado com o meu próprio rumo, à medida que me aproximava da conclusão do primeiro ciclo dos meus estudos superiores. Mas acreditar é a palavra

Bom 2012!

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E é assim... tudo o que é bom acaba depressa... passa rápido... 2011 já lá vai! 2012 está aí... e vai ser O Ano! Deixo-vos a minha mensagem de última hora publicada ontem pouco antes do jantar com a minha família: Até logo.