[POEMA] Sarjeta
Hoje terminei um poema que comecei a escrever há uns dias. A inspiração surgiu da combinação perfeita de três elementos: uma foto com que me cruzei no Facebook (usada neste vídeo), o som da chuva que caía na rua e uma melodia viciante criada por um dos artistas do YouTube cujo trabalho vou seguindo, o SamYung. É um poema em memória de todos os cães, vadios ou não, que perderam a vida numa sarjeta qualquer... porque o cão é mesmo o melhor amigo do homem. E ali jazia já arrefecido, como se dormisse na mais profunda calma por baixo da chuva complacente, que lhe lavava o corpo sem alma. Levara-lha aquele que não parou, que não sentiu, que não pensou. Levara-lha sem remorso ou culpa de quem uma vida afinal roubou. Na escuridão gélida da noite, uma luz surgira vinda do nada, que tal como uma chicotada o atirou para fora daquela estrada. Os ossos que se lhe quebraram impediram-no de se mexer, ali caído numa sarjeta onde veio a acabar sem querer. A dor que se apoderou do seu c...