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[ Jornal + | 9/06/2012 ] Ai as Francesinhas...

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Nestas últimas semanas tenho me deparado com uma quantidade algo perturbadora de imagens de francesinhas no Facebook. Não sei se é por estarmos agora a entrar no Verão e, talvez por isso, as pessoas se sintam mais tentadas a este prato típico do Porto que cai sempre melhor acompanhado de uma cerveja bem gelada. Talvez tenha sido isso mesmo que deu origem a um autêntico assalto ao meu mural por parte de uma série de imagens de fazer crescer água na boca. Provavelmente estou apenas a receber o troco pelas frequentes fotos que publico no meu próprio mural das minhas iguarias e refeições mais apetitosas. Bem que dizem que o universo apenas nos devolve aquilo que lhe damos... A propósito de comida, uma das principais diferenças com que me deparei assim que emigrei foi justamente a gastronomia. Inúmeras conservas, molhos de todas as cores e consistências, uma variedade imensa de combinações de coberturas para "sandes" de uma única fatia de pão: o tradicionalsmørrebrød – que ...

[Jornal + | 15/05/2012] "Torre de Babel"

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Há uma pergunta à qual tenho de responder vezes sem conta sempre que estou em Portugal: “então, já falas Dinamarquês?” Compreendo que faça sentido na cabeça das pessoas que após tanto tempo eu já seja capaz de falar esta língua nórdica caracterizada por sons que evocam imagens de vómito na minha cabeça. Mas a resposta tem sido repetidamente: não! Tudo bem que já cá estou há 19 meses, no único país do mundo em que se fala dinamarquês, mas a verdade é que há uma boa justificação para o facto de não ser ainda um poeta nórdico. A LEGO, enquanto empresa, é um espaço completamente internacional. Tenho colegas vindos um pouco de todo o mundo: Guatemala, EUA, Canadá, África do Sul, Roménia, Alemanha, França, Espanha, Austrália (isto apenas para enumerar alguns!) o que faz com que a língua oficial seja o Inglês. 90% do meu dia-a-dia, portanto, é vivido num ambiente anglófono. Os restantes 10 dividem-se entre o Português do Facebook (que me vai mantendo em contacto com família e amigo...

[Jornal + | 28/04/2012] Regresso a "casa"

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Neste ano e meio que já passou desde que me mudei para a Dinamarca, tenho visitado Portugal com alguma regularidade. Sensivelmente de três em três meses volto à terra, visito a família, revejo os amigos, sereno o coração, aqueço a alma e acalmo a saudade. Cresci numa família muito unida e muito presente na vida uns dos outros. A minha família paterna vive praticamente toda na porta ao lado e a materna, apesar de mais distanciada, ainda assim está a uns meros quilómetros que se fazem até a pé. Por isso, sempre tive contacto com todos eles. Via os meus tios, primos e avós, senão todos os dias, pelo menos uma vez por semana. E isso é seguramente uma das coisas de que mais sinto falta: estar perto. Perto dos que mais importam para mim. Sempre que volto a “casa” – e agora uso as aspas para me referir àquela em que cresci – tenho a sensação que deixei o meu quarto tal qual o encontro, apenas umas horas antes, naquela mesma manhã, como se nunca tivesse partido. É estranho. Mas é...

[Jornal +] Quanto vale um sonho

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Nota introdutória: o Jornal + é um projecto de um conhecido meu dos tempos de escola e sobre o qual já escrevi noutra altura. Agora parece que comecei a escrever uma espécie de crónica para uma página do jornal intitulada "Correio Internacional". O Arménio Santos, editor do Jornal, apelidou-me simpaticamente de Cavaleiro da Dinamarca, nome esse também de uma obra infantil de Sophia de Mello Breyner Andresen. Segue-se então a transcrição do texto publicado na edição desta semana. A 3 de Outubro de 2010, com apenas 21 anos, estava eu a aterrar no aeroporto de Billund, o segundo maior da Dinamarca, prestes a começar a maior aventura da minha vida: ser adulto! É certo que, de acordo com a lei portuguesa, já o era desde 25 de Março de 2007, mas até então continuava a viver sob o tecto dos meus pais, tinha toda a minha família a viver literalmente à minha volta ou a pouquíssimos kilómetros de distância, permanecia livre de grandes responsabilidades, ocupava grande parte...