[Jornal + | 28/04/2012] Regresso a "casa"
Neste ano e meio que já passou desde que me mudei para a Dinamarca, tenho visitado Portugal com alguma regularidade. Sensivelmente de três em três meses volto à terra, visito a família, revejo os amigos, sereno o coração, aqueço a alma e acalmo a saudade. Cresci numa família muito unida e muito presente na vida uns dos outros. A minha família paterna vive praticamente toda na porta ao lado e a materna, apesar de mais distanciada, ainda assim está a uns meros quilómetros que se fazem até a pé. Por isso, sempre tive contacto com todos eles. Via os meus tios, primos e avós, senão todos os dias, pelo menos uma vez por semana. E isso é seguramente uma das coisas de que mais sinto falta: estar perto. Perto dos que mais importam para mim. Sempre que volto a “casa” – e agora uso as aspas para me referir àquela em que cresci – tenho a sensação que deixei o meu quarto tal qual o encontro, apenas umas horas antes, naquela mesma manhã, como se nunca tivesse partido. É estranho. Mas é...