Rachei a cabeça depois de "velho"...

Tanto tempo se tem passado nestes últimos meses sem que nada de relevante aconteça ao ponto de eu querer (ou poder) partilhar aqui... Mas na última semana esta tendência foi completamente revertida. No entanto, só agora tive um tempinho para vir aqui escrever.

Desta vez, e para me obrigar a passar menos tempo no computador durante estas ferias, deixei-o em casa e viajei apenas com o iPad. É dele mesmo que vos escrevo neste momento (entretanto passei para o portátil da minha mãe, porque não estava a conseguir formatar o texto no iPad).

Pois bem, començando então o relato dos acontecimentos pelo principio...

Rachei a cabeça pela primeira vez depois de "velho"!

Ora, é mesmo verdade! No dia 27 de Março, recebi a primeira fornada de móveis enviados pelo meu pai. Já estou a viver no meu apartamento sozinho há quase meio ano, mas vocês também devem conhecer o dito: "casa de ferreiro, espeto de pau"... E até para mim isso se verificou! Mas pronto, pelo menos valeu a pena a espera. Tive a oportunidade de ter os móveis como queria, feitos para mim, à minha medida... Sempre é melhor do que ir ao IKEA e comprar aqueles móveis de segunda qualidade e feitos em série, iguais aos de tantas outras pessoas. Tem de haver alguma vantagem em ter um negócio de mobiliário na família! :)


Este era o estado em que estava a minha sala a meio do processo! Mas foi bem antes que tudo aconteceu. Quando ainda tinha os dois homens da transportadora a terminar de descarregar todas as 24 caixas no meu apartamento, estava eu já a adiantar serviço no quarto, a desembalar os componentes da cama. O estrado já estava encostado à parede, à espera que tudo o resto estivesse pronto para o receber... mas ele, inquieto, fez questão de assinalar a sua impaciência para esperar e caiu-me em cima da cabeça enquanto desembalava a cabeceira da cama. Bateu-me em cheio e com semelhante força que quando levei a mão à cabeça para massajar aquele galo iminente, encontrei na verdade já uma mini fonte de sangue. Sem deixar que os outros dois se apercebessem da minha "azelhice", lá os deixei ir embora assim que terminaram o trabalho - nem dois minutos depois do incidente - e saí então de casa em direcção ao (que pensava eu ser o) hospital.

A Dinamarca é já conhecida, pelo menos por alguns dos meus relatos, pelo seu não muito solarengo clima. Pois naquele dia estava um sol abrasador, lembrando perfeitamente um dia de Primavera em Portugal. Caminhei por uns 10 minutos até chegar ao edifício que eu sempre acreditei ser o hospital de Vejle. Entrei, dirigi-me à recepção, mas carregado já de dúvidas, perguntei: "Não é aqui o hospital, pois não?". A senhora por trás do balcão, claramente surpresa, respondeu prontamente que não. Pedi-lhe indicações de onde seria o verdadeiro e lá voltei a sair. As indicações foram algo vagas, mas nunca pensei que estivesse tão longe assim.

Eu sabia que se sentisse enjoos ou tonturas que a pancada podia ter sido mais grave, mas não era o caso. Sentia-me bem. Caminhei então mais um pouco. Entretanto, coloquei no Google Maps "Vejle sudhuset", o que me pareceu que a senhora tinha dito ao referir-se ao hospital. O Google Maps realmente deu-me um resultado e apesar de o nome não ser exactamente aquele, deixei-me ir... À medida que me aproximava, mais duvidas tinha de aquele seria o hospital. E de facto não passava de uma qualquer casa de espectáculos ou algum tipo de pavilhão polivalente.

Para não continuar à deriva por Vejle, em busca de socorro para a minha cabeça rachada, usei o Google Tradutor para descobrir como realmente escrever "hospital" em dinamarquês: "sygehus". Estava lá perto, apenas procurei inicialmente pela "casa do sul em Vejle" em vez de uma "casa de doentes"... lol

E onde ficava o hospital? Do lado completamente oposto ao local onde me encontrava em relação ao centro da cidade. E a prova disso é que para lá chegar, tive de passar por minha casa. Aproveitei para ir ao quarto de banho, porque estava apertado... E depois voltei então a sair, para finalmente chegar ao hospital, passada já quase uma meia hora de deambulação pela cidade.

Fui então atendido nas urgências, mas nada de mais... afinal não passava de um pequeno corte e um pouco de cola serviu para estancar o sangue. Voltei para casa e os trabalhos continuaram.



E foi este o resultado final depois de um dia inteiro de trabalhos forçados! Estava exausto no fim do dia, mas com uma satisfação enorme por finalmente ter a minha casa a parecer-se com uma casa de verdade...

Ainda há muito mais para contar... Fico por aqui por agora.

Até logo.

P.S. A minha mãe lembrou-me que esta na verdade não foi a primeira vez que "rachei" a cabeça, tendo essa sido quando ambos tivemos um acidente de carro quando eu tinha apenas 3 meses de vida. Mas dessa ocasião não me recordo! :)

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