Somos filhos do tempo...

Somos filhos do tempo,
Crescemos e vemos crescer o mundo à nossa volta...
Cada qual ao seu ritmo, cada ser à sua maneira...

Dizem-nos que há regras neste mundo,
Dão-nos manuais de comportamento
E lições de vida que nunca mais esquecemos...

Aqueles que aqui chegaram antes de nós,
Esperam que sigamos os seus passos,
Mas que consigamos ser um pouco melhores do que eles...

Nós que viemos depois,
Desejamos ser um pouco do tanto que eles são,
Ser capazes de dar um pedaçinho do que eles nos deram...

Mas os manuais estão errados,
As regras têm excepções,
E a lei da vida nem sempre se cumpre.

Crescemos e vemos crescer o mundo à nossa volta...
Afinal somos todos filhos do mesmo tempo.
Então porque não temos todos direito às mesmas coisas?

Crianças vêm ao mundo sem pais,
Porque pai é quem ama, quem educa, quem vê crescer...
E não apenas quem concebe ou traz ao mundo.

E pais... aqueles que verdadeiramente o querem ser
E que estão prontos a amar, educar e ver crescer,
Esperam indefinidamente, na incerteza, na angústia, no medo...

Este mundo é estranho.
Resta-nos apenas continuar a crescer com o tempo,
E acreditar que amanhã a vida vai sorrir...

Demore o amanhã o tempo que precisar para chegar.


Poema dedicado a todos os pais que continuam à espera do seu filho.
A vocês, toda a minha solidariedade e apoio! Coragem!

Mas foi para ti, amiga, que escrevi este poema. Sei que as minha palavras pouco podem fazer, mas espero que pelo menos tenham alimentado um pouquinho mais a tua esperança. :')

Até logo.

Comentários

Maria Sofia disse…
Andava a procura da resposta a 2º questão e dei de caras com este poema que escreves-te para mim e mais uma vez chorei a lê-lo.
Obrigada pela força amigo.
Anónimo disse…
Muito bonito!

Obrigado
Olinda