[NEW LIFE] Day A000 - A partida/chegada...

Eis que cheguei a terras dinamarquesas…

Hoje o dia começou com um barulho no mínimo – ainda agora saí de Portugal e já me começam a faltar as palavras em português… - <inserir a gosto adjectivo que defina algo que provoca admiração>: lá fora chovia como há meses não via chover em Vilela e o vento corria com vontade de se fazer ouvir em qualquer canto da casa!

Tinha posto o despertador do telemóvel para as 8h50, mas eram 9h02 quando acordei com a minha mãe a entrar no quarto. “O despertador não tocou?!” Deve ter tocado, mas eu, como já vinha sendo automático nestes longos meses de férias, devo tê-lo desligado sem sequer abrir os olhos. Isto lembra-me agora que tenho de deixar o telemóvel longe da cama e com o toque de despertar o mais alto possível, senão ainda me arrisco a chegar atrasado ao primeiro dia de trabalho!

Banho tomado, malas arrumadas nos carros, últimas festas ao Torrão, estávamos nós a caminho do aeroporto quando já marcavam 10h15 no relógio do carro. Antes ainda passámos por casa da minha madrinha para a apanhar. Tive direito a despedida de família no aeroporto: pais, irmão, avós maternos, padrinhos, tia e primo e ainda um grande amigo da Comunidade 0937: o Reizinho e o filhote Francisco.

No meu bilhete estavam incluídos 20kg de bagagem……………….. ora, qualquer pessoa há-de compreender que nunca eu iria conseguir meter as minhas coisas todas em 20 míseros quilogramas!! Pois… “Pai, chega aqui… 265€ pelos 25kg de bagagem excedente….” E a senhora ainda foi simpática, porque na verdade seriam 28kg a pagar! =D

Em frente à porta de passagem pela revista, chegou a hora da derradeira despedida. A primeira a abraçar foi a minha mãe. O mais longo e apertado abraço. “Não te quero deixar ir…”, foram as suas palavras. Por momentos abri os olhos e vi por trás dela a minha avó a chorar, à espera da sua vez para me abraçar. Quando a apertei nos meus braços, disse-lhe em jeito de brincadeira: “Ai agora a minha barba não pica?”, enquanto ela me dava beijos no rosto. Até o meu avô tinha os olhos húmidos, cheios de lágrimas a ameaçar cair a qualquer momento. “Eu estou cá já no Natal!”, disse. Abracei todos os presentes, um dos últimos foi o meu pai que me disse para não deixar de ligar para pedir o que quer que precisasse… “Ah pois, que remédio!”, respondi eu! xD

Um último abraço ao meu amigo e estava na hora de ir em frente sem olhar demasiado para trás.

De dentro do avião – há que fazer um parêntesis aqui para dizer que eu tenho uma pontaria exímia no que diz respeito a escolher lugares dentro de um avião: nunca apanho uma janela em condições, fico sempre com as separações no meu lugar! –, depois de uma hora de atraso pelo mau tempo, podia ver o céu chorar pela minha partida… Que poético! Não fosse eu o “escritor”…


Estava com bastante sono, por isso a viagem foi feita praticamente de cabeça encostada à janela a dormitar. Ainda dei uma vista de olhos no jornal Público de ontem antes do almoço ser servido.


Desta vez serviram-me uma massa vegetariana. Até era saborosa! Até hoje não tenho razão de queixa das refeições servidas pela Lufthansa.

Mais uns minutos e estava a chegar a Frankfurt, com uns agradáveis 16º no exterior e o sol a brilhar como definitivamente não o estava no Porto.


Com um passo acelerado, caminhei até ao Gate B9 – arre! Mesmo no oooooooouuutro lado do aeroporto! – e assim que lá cheguei, nem tive tempo de me sentar, o embarque estava a começar!

Mais uma hora de voo, com direito a uma sandes de peru com mostarda (bem melhor do que a sandes de queijo e ervas que tinha comido da outra vez) e a alguns capítulos lidos d”As Intermitências da Morte – a ver se é desta que leio o livro que já tinha começado uma vez.

Quando cheguei a Billund, a temperatura estava ligeiramente inferior em relação a Frankfurt – 14º, mas ainda assim não estava desagradável. Apanhei um táxi que me levou até à LEGOLAND Village, onde irei pernoitar nesta primeira noite.


Já no parque, encontrei cá o meu primeiro colega de trabalho que também esteve no workshop: o Samuel, que me ajudou a levar as malas para o meu quarto. Trouxe 3 malas: uma muito grande, uma normal e outra pequena e por azar, o meu quarto ficava num 1º andar, ou seja, tinha escadas para subir com as malas!


O Sam levava a mala média, eu levava a pequena e grande - a custo, diga-se, que ela estava bem pesada! – e qual não foi a minha surpresa quando, quase no último degrau, a asa da mala parte-se, ficando na minha mão enquanto via a mala a rolar escadas abaixo!


A sorte é que aquela mala tinha apenas roupa, pelo que acredito não haver grande problema – sim, ainda não abri a mala! Só o vou fazer amanhã nos aposentos “definitivos”. Mas o pior foi quando desci novamente para apanhar a mala e peguei na outra asa…… Exacto, é o que estão a pensar: também se partiu! Acho que vou ter de pedir reembolso pela mala à minha avó que ma vendeu!!


Finalmente no patamar de cima com as malas todas comigo, entrei no meu quarto, o qual vou apresentar nas próximas fotos:



Agora estou sentado em frente ao computador a ouvir música – claro! – e a escrever este post no Word primeiro, para depois ser mais rápido a publicar na net. Comprei um passe de 1h, por isso tenho de aproveitar bem os 60 minutos! :)


Depois de tratar de publicar isto, vou gastar então os minutinhos preciosos a navegar na internet e depois vou ler um pouco antes de dormir. Amanhã tenho de acordar cedo para tomar banho e estar às 8h30 na recepção. O meu primeiro dia de trabalho é já amanhã!!

Até logo.

P.S. Não me posso mesmo esquecer de pôr o alarme no telemóvel e de o deixar na secretária! xD

Comentários

Mortymore disse…
Boa sorte para o novo "trabalho" (desde quando brincar com LEGO é trabalho! LOL).
Que tudo corra pelo melhor e que os colegas sejam uma nova família.

Abraço